sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Borboletinha, ta na cozinha, fazendo chocolate (...)

No inicio foi estranho, como sentir uma imensidão dentro de mim. Aquela sensação tão bem descrita pelos poetas “como borboletas no estômago”. Começando pelo corpo, tudo engrandeceu, e o coração acompanhando, foi crescendo e hoje ele tem a extensão dela. Uma pinturinha, feita da mais delicada mão que eu já pude ver. Sua voz me soa como uma sinfonia em pleno Teatro Municipal. Vivo num lugar comum chamado: sempre vou te amar. E me alimento desse amor dia após dia. Eu peço, “por favor, não cresça”, mas ela insiste em adicionar centímetros a cada mês que passa. Ficou esperta, brigona, com uma autoridade que me lembra uma pessoa que eu enxergo todo dia ao encarar o espelho. Minha filha, minha pupila, minha fonte de vida. Me delicio com todas as suas canções cantadas ao meu pé do ouvido. E sinto que te preciso cada vez mais. E vou estar sempre endividada, porque ainda não consegui encontrar alguma forma, mesmo que muitíssimo complicada, de retribuir o seu sorriso.

"Alecrim, alecrim dourado que nasceu no campo sem ser semeado ... Foi a Fernanda que me disse assim, que a flor do campo é o alecrim"